sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um pouco de História - Túnel do Tempo(síntese): Do "Pré" ao "Pós"... Moderno...

O homem desenvolveu a ciência através da sua curiosidade, pela observação e perseverança, para adquirir também domínio do conhecimento, mesmo que sem o uso de um método científico, a partir da pós-modernidade. Os principais entraves do homem, nesta sede de saber, diziam respeito as limitações do mundo geográfico e a utilização dos mitos na falta de lógica.
Uma referência, certamente, foi a Biblioteca da Alexandria. Além de ser o núcleo de grandes estudiosos como Ptolomeu, Heneu, Hiparco e Arquimedes, dentre outros, era também o centro de estudos, onde ficavam escritos os conhecimentos em papiro. A Biblioteca da Alexandria chegou a armazenar 500 mil obras, e podiam ser reproduzidas, tanto as obras já armazenadas quanto as coletadas pelos passantes. Se tratava, de um centro de conhecimento aberto a todos, exceto aos escravos.
A destruição da Biblioteca da Alexandria sepultou obras da Antiguidade Clássica e os principais acontecimentos de toda a História da Cultura. Como afirmou Carl Sagan: "Existem lacunas na História da Humanidade que nunca poderemos vir a preencher."
Segundo algumas fontes preservadas, o incêndio arrasador fez-se numa invasão árabe, em 642 d.C., a mando do Califa Omar, perante a afirmação: "Se os escritos dos Gregos concordam com as Sagradas Escrituras, não são necessários; se não concordam, são nocivos e devem ser destruídos.", referindo-se as Escrituras do Corão.

A partir do século IV d.C. a Igreja ganhou força ao ser elevada a religião oficial do Império Romano. Neste momento ela passou a ser o centro de detenção e razão do conhecimento, fato que perdurou durante grande parte da História da Humanidade. Ou seja, havia conhecimento, porém enclausurado nos muros da Igreja, - proibindo o estudo do corpo humano - o que restringia o desenvolvimento da medicina, dificultando esclarecimentos geográficos, - atribuindo-se a Deus todas as explicações necessárias quanto a crença de que a Terra era o centro do Universo.
No princípio da Pré-Modernidade o homem que produzia ciência contava, como já descrito, apenas com curiosidade, observação, intuição e perseverança. Conquistou ele, mesmo assim, várias descobertas; algumas comprovadas e outras refutadas, sendo perfeitamente justificável devido a ausência dos métodos e a atribuição dos mitos. Foi, então, no fim do período pré-moderno que o homem começou a acreditar na sua potencialidade, intensificando precisão e ousadia através de, embora ainda primitivos, indícios de preocupações com os métodos utilizados, com o predomínio da razão.
Assim, no século XV, iniciou o período de transição e eis a Modernidade: grandes navegações, renascimento, heliocentrismo, reforma protestante e finalmente, a invenção da imprensa e a disseminação do conhecimento.
Com o desenvolvimento do conhecimento científico foi possível aos homens o questionamento dos paradigmas da Igreja, como as indulgências, o celibato e os altos impostos cobrados.). Tais questionamentos geraram a Reforma, na qual Calvino e Lutero foram os mais importantes líderes. Houve, então, a cisão da Igreja Católica e o surgimento de outras Igrejas, resultando, como resposta da Igreja Católica, a sua Contra-Reforma, com o surgimento da Companhia de Jesus.
Podemos descrever a sequência histórica como um "surto de invenções", a se destacar o uso do telescópio, a ampliação das universidades, da medicina, a expansão geográfica e muito mais. O homem, com suas potencialidades e a auto confiança desenvolvidas, produziu os métodos necessários, os quais, mesmo sem abandonar as crenças, lhe permitiu a liberdade de escolha. (livre-arbítrio)
O homem se descobre, finalmente, o senhor do seu destino e seu enfoque passa a não ser mais no alto - Deus a coisa mais importante - mas a sua própria valorização ao encontrar explicações para coisas que antes eram atribuídas ao divino. O homem assume, de frente, o conhecimento científico e o poder daí advindo, com exatidão... e cá estamos nós hoje, os Pós-Modernos, como sempre, entre os mitos e as ciências...

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