sábado, 27 de junho de 2009

NA MARGEM DO RIO PIEDRA...

...eu me sentei e chorei...
Conta a lenda que tudo que cai nas águas deste rio
- as folhas, os insetos, as penas das aves
- se transforma nas pedras do seu leito.
AH, QUEM DERA EU PUDESSE ARRANCAR O CORAÇÃO
DO MEU PEITO E ATIRÁ-LO NA CORRENTEZA,
e então não haveria mais dor, nem saudade,
nem lembranças.
Ás margens do rio Piedra eu me sentei e chorei.
O frio do inverno fez com que eu sentisse as lágrimas
em meu rosto, e elas se misturaram com as aguas geladas
que correm diante de mim. Em algum lugar este rio se
junta com outro, depois com outro, até que
- distante dos meus olhos e do meu coração
- todas estas águas se misturam com o mar.
Que as minhas lágrimas corram assim para bem longe,
para que meu amor nunca saiba que um dia chorei por ele.
Que minhas lágrimas corram para bem longe,
e então eu esquecerei do rio Piedra, do mosteiro,
da igreja nos Pirineus, da bruma,
dos caminhos que percorremos juntos.
Eu esquecerei as estradas, as montanhas,
e os campos de meus sonhos
- sonhos que eram meus, e que eu não conhecia.''
(Paulo Coelho - tem seu valor...rsrs...)

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