segunda-feira, 29 de junho de 2009

Amor Menino...

Nossa! Não há nada de meu aqui...
Venho apenas parafrasear algumas coisas que já não sei se são sermões de Padre Antônio Vieira ou lúcidos delírios de Rotterdam à sua deusa "mor".
Enfim, na minha inconstância de pensamentos e momentos desencadeei minha pandorinha, no fundo já sem a esperança, apenas para alertar que Deus, sabiamente fez o amor menino. Gasta-se com o uso, e é como as linhas que partem do centro para a circunferência, que quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Note, desenhe, visualize esta metáfora.
Afirmo: "...gasta-se o ferro com o uso, que dirá corações de cera..." (ou de carne?! ou gelo?!...)
O amor é sabiamente menino porque não há garantia nenhuma de haver durado muito.
Um dos citados já dizia que "ter amado muito é a causa de amar menos".
No meu caso, para tantos, o meu muito foi pouco. O mesmo pouco, porém, que a tantos outros bastaria, e há ainda os quais nem este muito ou este pouco conhecem.
São certas as reflexões que trouxeram Pe. Antônio Vieira e Rotterdam ao meu pensamento.
No Sermão do Mandato, Vieira refere-se as quatro ignorâncias que podem acomenter o amante ao amor diminuto, imperfeito e desmerecido.
Alerta-te pois elas são: "...ou porque não conhecesse a si; ou porque não conhecesse a quem ama, ou porque não conhecesse o amor; ou porque não conhecesse o fim onde há de parar, amando."
Pe. Vieira também menciona o amor de Cristo, e o seu calvário:
"Fez das ofensas obrigações e dos agravos motivos."
O amor é portanto, tudo presente em mim. Ele sou eu e o que os gregos chamam "Moria".
Agora, que sabes o nome, podes esboçar-me com palavras, sem fingimento ou dissimulação.
Despeço-me aqui, tal qual fez Rotterdam em 1508, dirigindo-se ao seu sapientíssimo amigo Thomas: "Defendei cuidadosamente esta Loucura que vos pertence!"
Bjos no seu coração.

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